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Saiba quais são as dificuldades de socialização das crianças na pós-pandemia

O estudo Avaliação do Futuro, levantamento realizado em 2022 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e o Instituto Ayrton Senna, revela que dois em cada três estudantes, do 5.º e 9.º ano do Ensino Fundamental e da 3.ª série do Ensino Médio na rede estadual paulista, relataram sintomas de depressão e ansiedade. Na prática, 70% dos alunos do maior estado brasileiro.

A Avaliação do Futuro, desenvolvida com 642 mil alunos no âmbito do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), tem o objetivo de traçar os impactos da pandemia na saúde mental e nas questões socioemocionais dos estudantes. O levantamento revela ainda que um em cada três participantes apresenta dificuldades para se concentrar no que é proposto em sala de aula. Os dados vão além: 18,8% contaram se sentir esgotados e sob pressão. Dos entrevistados, 18,1% comentaram que perdem o sono por conta das preocupações e 13,6% disseram que perderam a autoconfiança.

Para reforçar a importância dos cuidados com os aspectos socioemocionais na retomada das aulas presenciais na fase pós-pandemia, vale a pena observar o resultado de uma pesquisa quantitativa da Mind Lab realizada no início deste mesmo ano. A empresa, que se destaca pela pesquisa e pelo desenvolvimento de tecnologias educacionais inovadoras para o desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas, sociais, emocionais e éticas em vários países, reuniu 985 educadores e educadoras de 412 unidades escolares.

Para 42% dos entrevistados, que atuam tanto nas escolas públicas quanto nas privadas, os problemas emocionais dos alunos foram a maior dificuldade enfrentada. Em segundo lugar, vêm as deficiências estruturais das escolas (22%) e, em terceiro, as dificuldades emocionais dos docentes (18%).

Por essas e outras razões, crianças e adolescentes exigem uma atenção maior das escolas e famílias nesta fase pós-pandemia. Isso inclui, entre outras questões, a adoção de estratégias de acolhimento, de empatia e de cuidado especial à qualidade das relações socioemocionais entre todos os agentes envolvidos no processo.

Sem um olhar atento a esses pontos, fica mais complexo pensar em soluções para recompor o ensino e fortalecer a aprendizagem. Com a adoção de medidas voltadas às questões socioemocionais, as demais etapas serão mais efetivas.

O desejo de todos, neste momento, é o de recuperar a vontade de aprender, de participar e de interagir cada vez mais no ambiente escolar, além de não encarar como um problema a retomada das atividades presenciais. Superar essas barreiras é um dos desafios mais urgentes da fase pós-pandemia.

fonte da matéria: SAE Digital

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